As sessões do livro humano Sou mãe, tenho um
filho autista, decorreram de 10 a 27 de fevereiro, na Biblioteca Escolar. O
primeiro livro humano foi a professora Ana Simões que partilhou os desafios de
ser mãe de um filho autista.
A atividade contou com a participação de 156
alunos, 11 turmas e cerca de 20 professores. Houve uma recetividade muito
grande a esta atividade e julgamos que os principais objetivos foram cumpridos:
quebrar estereótipos e minimizar o preconceito.
A escola tem de ser um espaço inclusivo onde
todos, sem exceção, se sentem bem e felizes. Através do relato em primeira
pessoa e ao vivo de uma mãe atípica, quem assistiu aprendeu mais sobre o que é
o autismo, as suas características, como lidar com esta perturbação e, acima de
tudo, desenvolveram mais empatia, mais respeito e mais compreensão
relativamente ao próximo, valores tão importantes para a sociedade e que esta
escola pretendeu desenvolver com este livro humano.
Os momentos de interação com o livro humano,
coisa que não é possível com um livro impresso, foram enriquecedoras quer para
os alunos quer para os professores que assistiram.
Na avaliação feita pelos leitores ouvintes
nota-se que a atividade foi bastante significativa e que, na nossa escola,
temos crianças e jovens empáticos, capazes de sentir compaixão e reconhecer
que, de facto, todos somos merecedores de oportunidades para triunfar e que
cada um de nós é diferente, que a “normalidade” não é mais que um conceito
social preconcebido para encaixar apenas uma parte de uma comunidade. Acima de
tudo, aprenderam que a persistência é a chave para o sucesso e que se
acreditarmos ser possível, alcançaremos.
Deixamos, aqui, algumas frases dos nossos alunos relativamente ao que aprenderam:
“O
autismo não é uma deficiência e sim uma habilidade especial.”
“Não são
malcriados, são só especiais.”
“Para
lidar com pessoas autistas precisamos de ter paciência porque eles não são
malcriados, apenas têm as suas características especiais.”
“Cada um
tem o seu jeito e a sua forma de ser, mas como as pessoas não estão habituadas
a conviver com coisas diferentes, optam pelo bullying.”
“Não
importa como nascemos, se conseguirmos e se nos esforçarmos, chegaremos sempre
ao primeiro lugar.”
“Com o
uso de técnicas e aprendizagens, tudo é possível.”
“Devemos
ter mais respeito com os autistas.”
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